Uma cidade industrial inglesa triste, mas Joe Lampton conseguiu um emprego com futuro. Para ter algo que fazer à noite junta-se a um grupo de teatro, onde a filha do seu chefe, Susan, faz papel de ingénua, tanto no palco como na vida real. Ela sente-se atraída por Joe, e Joe pensa no quanto mais rápido poderá subir na empresa se for genro do chefe. O plano começa a complicar-se quando Joe se sente atraído por uma mulher mais velha, também da companhia teatral. Ela é francesa, e infelizmente casada, mas Joe acha que se pode safar a ver as duas ao mesmo tempo.
Um apito estridente anuncia a chega de Joe Lampton na inesquecível abertura de "Room at the Top". Enquanto as pilhas de chaminés e canais do norte industrial passam ao fundo, Joe calça os sapatos novos por cima das meias esfarrapadas, tira o jornal que cobre o rosto e esquiva-se da câmara antes que possamos vê-lo. Esta era a estreia de um novo tipo de protagonista cinematográfico, para uma nova Grã-Bertanha, o jovem revoltado, o anti-herói da classe trabalhadora que sabe o que quer, e fará tudo para consegui-lo. "Room at the Top" deu ao público esta personagem, ao mesmo tempo que lhes deu um novo tipo de filme: x-rated, escuro, sem vergonha de dizer palavrões e franco sobre o sexo.
Justamente anunciado como o filme que deu início ao movimento da "Nova Vaga Inglesa", "Room at the Top" estabeleceu o terreno para uma série de filmes posteriores. É um filme que vive obcecado com as "classes", particularmente a imagem das classes e como as pessoas de diferentes classes se veem. Foi feito numa época em que os limites da classe começavam a se dissipar, embora não se dissolvessem completamente, e a própria classe trabalhadora se começasse a dividir entre os operários manuais e os de colarinho branco.
Estreado no início de 1959, foi um êxito tanto comercial como de crítica, tendo vencido dois Óscares entre as seis nomeações conseguidas. Um deles foi para Simone Signoret, como melhor actriz secundária.
Imdb
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