domingo, 3 de novembro de 2013

Tarântula (Tarantula) 1955



Os cientistas loucos de Hollywood. Sempre querem o bem. Querem salvar o mundo para acabar com a fome, para melhorar as condições de vida, imaginando um futuro onde toda a gente é saudável e bem alimentada. Neste filme, para fazer isso, é claro, a pesquisa requer criar grandes tarântulas, cultivadas com um enorme tamanho com uma fórmula nutritiva e radioactiva. É lógico, não é? O Professor Deemer (Leo G. Carroll) é o cientista louco deste sci-fi clássico, "Tarantula" de Jack Arnold. Deemer é uma alma bem-intencionada, com uma visão real do futuro. Mas o problema é que a sua tarântula gigante fugiu, e ameaça uma pequena comunidade no deserto, o que ofusca os seus planos para acabar com a fome mundial. A pesquisa de Deemer sofre um enorme revés quando os seus dois colegas, impacientes com a lentidão do seu trabalho, decidem ignorar os efeitos colaterais do nutriente e injectam-se com a fórmula como as primeiras cobaias humanas. Um destes homens vamos encontrá-lo a cambalear através do deserto, numa poderosa sequência pré-créditos. Pouco tempo depois, outro colega de Deemer , enlouquecido pela injeção, assalta Deemer, injeta-o também, e destrói o laboratório antes de morrer. Neste tumulto, uma aranha , então "apenas" do tamanho de um pequeno cão, consegue escapar do laboratório.
Embora esta abertura configure o regresso triunfante da tarântula, a maior parte do filme mantém o foco fora do aracnídeo do título. Em vez disso, a história volta-se para o médico local, Matt Hastings (John Agar), que investiga a morte do colega de Deemer, em colaboração com as autoridades locais, o xerife Andrews (Nestor Paiva). Hastings suspeita que algo está a acontecer no laboratório do professor, e quando Deemer recebe uma assistente bastante atraente. com o apelido pouco feminino de Steve (Mara Corday), Hastings fica com um interesse renovado na pesquisa misteriosa do professor. Entretanto, a tarântula espreita ao fundo, fora da tela, crescendo mais, até ficar com um tamanho ridículo. Na verdade, é pouco possível que uma tarântula gigante conseguisse esconder-se no deserto por algum tempo, mas uma vez que ela chega a ser do tamanho de uma grande mansão, é difícil perceber porque é que ninguém nunca viu a coisa.
Por vezes, Arnold parece querer brincar com este jogo de esconder a aranha gigante, e há algo divertido no modo como as aparições da tarântula se tornam cada vez mais escandalosas. A aranha vai rondando durante a noite, matando o gado, devorando-os até aos ossos com o veneno e as mandíbulas poderosas. Mas ninguém a vê quando ela anda em terra plana, aberta, com exceção de algumas infelizes vítimas que são devoradas também.
Tarantula é um sólido filme de série B, simples, mas definitivo, ajudando a estabelecer um modelo, iniciado no ano anterior com "Them!", para centenas de outros que se seguiram na sua esteira ao longo dos anos seguintes, uma nova onda de filmes de insectos monstruosos que tomaram conta da indústria. Há pouco a reclamar, além do tamanho do papel que é dado a Mara Corday, mas estávamos em 1955, quando o lugar da mulher era enfático e em casa. É claro que a maior estrela é a própria tarântula, e não apenas em tamanho, mas em presença, realista, porque era uma aranha de verdade, guiada sobre a paisagem com jatos de ar e filmada com truques da fotografia, efeitos que possuem os seus próprios recursos, mas muito realistas. Para ver uma melhor utilização de uma aranha gigante, temos o filme "The Incredible Shrinking Man", também de Jack Arnold, e que iremos ver mais para a frente neste ciclo. 
No final temos uma pequena aparição de Clint Eastwood. Como líder do esquadrão dos aviões.

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