No início do século 20, a comunidade Gullah mantém as suas tradições africanas em solo americano. Entre a narrativa épica e o mito, o drama e o musical, temos a história de três gerações de mulheres da mesma família, unidas pela habilidade criativa da realizadora, e visuais marcantes que influenciariam novas gerações de artistas, como Beyoncé.
Primeiro filme de uma realizadora afro-americana a ganhar ampla distribuição nos Estados Unidos. Mas mais do que uma questão de representatividade, esta longa metragem de Julie Dash (a primeira) impressiona pelos detalhes visuais, e pelos toques poéticos na sua narrativa. Discussões sobre tradição, modernidade, buscas por novas identidade e géneros atrvessam a apresentação da cultura Gullah, ligada aos escravos libertados e aos seus descendentes no sul dos Estados Unidos.
Julie Dash traça graciosamente as suas ligações e contradições, o ponto onde o passado encontra o presente, onde a decisão de ficar ou ir é feita, onde ambos os sistemas de crenças podem combinar. Por tudo isso, há um sentimento de liberdade florescente, aquilo que nos é transmitido pelos nossos ancestrais e pais encontrando aquilo que escolhemos para nós próprios, resultando numa mistura dos dois.
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