Uma igreja. Um pároco. Uma empresa de mudanças. A igreja já não é utilizada, sendo esvaziada de todas as decorações sacras, incluindo o grande crucifixo sobre o altar. Restam apenas os bancos num espaço vazio. O velho padre parece não conseguir resignar-se a este destino e o sacristão apercebe-se disso. Mas, em pouco tempo, um grande grupo de clandestinos à procura de refúgio entra na igreja e, com os bancos e com cartões, instala aí uma pequena aldeia. O sacerdote vê a sua igreja ganhar de novo vida mas, de fora, os homens da Lei tornam-se ameaçadores.
Comentário do Filipe Furtado acerca do filme:
"De certa forma uma alegoria sob o colapso do projeto humanista europeu.
Poderoso justamente porque simples e direto. Olmi sabe onde quer chegar e vai até lá. Aquela igreja, em particular, é um cenário fortíssimo, ao mesmo tempo simbólico e muito claro. Sei que muitos não gostam destes filmes que Ermanno Olimi rodou na última década, mas me parecem sempre experiências das mais marcantes.
Separadamente o Cesar Zamberlan e o Bruno Amato traçaram a relação do filme com o Klotz e acho-a interessante menos pelo tema (até porque é natural pensar a política de imigração lá hoje) e muito mais pela forma complicada que ambos apresentam a figura do imigrante ilegal."
Imdb
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