segunda-feira, 1 de março de 2021

Maré Cheia (Moontide) 1942

Um marinheiro mal-humorado e bêbado, Bobo acorda de ressaca em San Pablo, sem ter certeza se cometeu ou não um assassinio. Depois encontra a felicidade quando evita o suicídio da jovem Anna. No entanto,  o velho amigo Tiny fica com cíumes e deseja que Anna vá embora. O crime ainda não esclarecido pode ser o ingrediente que ele necessita para colocar seu plano em ação.
Primeiro de dois filmes que Jean Gabin fez nos Estados Unidos. Gabin foi um dos muitos da indústria cinematográfica europeia que fugiram para Hollywood para fugirem do flagelo Nazi. O problema é que Holywood não sabia o que fazer com ele. Uma mega star na sua França natal, mas relativamente desconhecido em terras americanas. A TCF colocou-o a trabalhar com Fritz Lang, um realizador também europeu que já vinha a trabalhar em Hollywood há alguns anos, mas as diferenças entre os dois eram muitas, e Lang acabou por sair fora da produção ao fim de duas semanas. Quem o substituiu foi Archie Mayo, que ficou com os créditos finais. 
Alguns defeitos são apontados ao filme, desde o nome estúpido do protagonista, a algumas cenas bizarras, mas mesmo assim o filme foi nomeado para o Óscar de Melhor Fotografia a preto e branco, e vale, sobretudo, pelo fantástico trabalho dos quatro principais actores. Os restantes três são Ida Lupino, no papel da jovem suicida, e ainda Thomas Mitchell e Claude Rains. Gabin voltaria a França logo depois da guerra acabar.



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