quinta-feira, 23 de maio de 2019

Kelin (Kelin) 2009

Traição, luxúria, crime e vingança, desenrolam-se sem palavras e de forma convincente entre as estepes cobertas de neve do Cazaquistão, na estreia na realização do jornalista e argumentista Ermek Tursunov. "Kelin" tem a sensação de uma história épica transmitida por gerações através da tradição oral, mas o realizador brilhantemente transforma essa noção da sua cabeça, eliminando todos os diálogos e usando muito pouca música. Ele, inteligentemente, confia no público para compreender a história, mesmo quando este assiste a rituais e costumes a si estranhos.
A proveniência do filme, e o facto dele ser virtualmente mudo (excepto os grunhidos ocasionais e os sons da natureza), relegam o filme injustamente para um segundo plano. No entanto, anuncia a chegada de um novo realizador de uma parte do mundo virtualmente desconhecida, que é capaz de juntar altos valores de produção a histórias inovadoras num filme surpreendentemente moderno. 
O filme começa com a jovem, apática e bela Kelin (que significa "nora") a ser preparada para o seu casamento arranjado. O seu amor verdadeiro perdeu para um pretendente mais rico (que ofereceu mais moedas de prata e um casaco de peles maior para ela), mas não antes de se ligar a ela através de um juramento de sangue. Adornada com chapéus e sumptuosos Kelin é levada para longe, num boi, para a casa do marido, para viver com, presumivelmente, a mãe idosa e o irmão mais novo do marido. Apesar de ser forçada a casar-se, ela descobre que as coisas não são tão más assim. A felicidade não dura muito, no entanto, quando o seu primeiro amor vem à procura de vingança, provocando uma série de eventos dramáticos. 

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