O teatro em transição. Neste documentário, Fassbinder homenageia Ivan Nagel, o fundador do Teatro do Mundo de 1981, que adoptou as mais diversas formas da representação em toda a sua complexidade. Dividido em 14 partes, o filme é um oceano de cultura, que inclui: Pina Bausch, Ulrike Meinhof, Andy Warhol, Yoshi Oida, Magazzini Criminali e até mesmo música dos Kraftwerk. Recitando excertos de "O Teatro e o seu Duplo" de Artaud, Fassbinder faz um paralelo entre as imagens teatrais contemporâneas e o clássico surrealista.
Único documentário de Fassbinder, uma encomenda da televisão para registar o Festival Mundial de Teatro de 1981, em Colónia. Para além de uma sequência satírica no início, sobre uma recepção aos patrões da cultura oficial, o filme consiste em extratos de cerca de 20 espectáculos experimentais que animaram Colónia nesse Verão. As cenas teatrais seguem-se umas às outras, sem qualquer respeito pelo contexto original dos extratos. Fassbinder não procura esclarecer as intenções das peças ou extratos originais. Neste sentido, a abordagem deste seu único documentário é anti-documental. E é tão consistente nisso, que por vezes ele diminui o volume do som original do teatro e cita a teoria teatral de Antonin Artaud.
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