Retrato angustiante da brutalidade policial, o detective Johnson (Sean Connery) já trabalha na polícia hà 20 anos. Ao longo deste tempo, já viu incontáveis assassinos, violações, e outros crimes graves que lhe deixaram marcar bem profundas. A sua raiva e agressividade que já tinha sido quase suprimida, vem à superfície quando ele está a interrogar um suspeito, Baxter (Ian Bannen) de quem está convencido ser o homem responsável de uma série de crimes horríveis contra jovens. Ao longo do interrogatório Johnson bate brutalmente em Baxter, acabando por revelar que o estado da sua mente não é melhor que a do provável assassino.
Filme que era o testamento do poder de Sean Connery em Hollywood, funcionou como uma espécie de suborno para tentar fazer Connery voltar ao papel de James Bond, com a MGM a oferecer-lhe dois projectos de estimação. O segundo, que nunca chegou a ser feito, era uma versão de "Macbeth" que Connery era para dirigir. O primeiro era este projecto, baseado num livro de John Hopkins, com um argumento adaptado pelo próprio. Connery quis este papel por ser uma personagem moralmente confusa, e que pode perfeitamente ser tão ou mais psicopata que o assassino. Conseguiu convencer Sidney Lumet, com quem já tinha colaborado em vários filmes, para realizar "The Offence".
Lumet preparava-se para uma série de sucessos na sua carreira, já neste ano de 1973 também saía "Serpico", e em 1975 e 76 conseguiria duas nomeações para melhor realizador com "Dog Day Afternoon" e "Network".
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