M. (Gian Maria Volonté) atravessa a cidade de Roma, no meio do caos de uma iminente epidemia, até ao centro espiritual de Zafer, local onde personalidades do mundo político e económico se encontram e onde estão a ocorrer estranhos acontecimentos. Lá, M. chega quebrando todas as regras, ao levar a esposa consigo. Durante um ritual religioso, os anfitriões são roubados, um senador é morto a tiro, um suspeito é encontrado desmaiado na casa de banho. E M. tem de descobrir o que realmente está a acontecer, antes que seja a próxima vítima.
O filme foi considerado uma crítica à corrupção no Partido Democrático Cristão italiano, e um ataque ao poder da igreja católica, e, no entanto, é necessário ser visto ou revisto nos dias de hoje, principalmente porque apresenta um argumento muito forte, interpretações soberbas de Gian Maria Volonté, no papel do presidente (uma figura que evoca o político italiano Aldo Moro, assassinado pelas Brigadas Vermelhas em 1978), um homem que parece interessado em fazer toda a gente feliz, mas motivado por uma sede infinita de poder, e Marcello Mastroianni como Don Gaetano, um sacerdote ganancioso com muitos amigos entre os amigos proeminentes, e Mariangela Melato como Giacinta, a mulher do presidente, além da música de Ennio Morricone (Charles Mingus foi originalmente escolhido para a partitura musical).
Alguns consideraram-no enigmático e lento, mas "Todo Modo" fornecia inspirações arquitectónicas muito importantes, e deve ser considerado entre os filmes sobre arquitectura. Seria o penúltimo filme de Elio Petri, um nome importante sobre o cinema político italiano.
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