"Na pequena cidade de Thiers, no sudoeste da França, está-se no último mês de aulas de duas turmas de uma escola elementar. Com a chegada das férias grandes vamos conhecer melhor alguns daqueles garotos, sobretudo dois: Patrick e Julien. Patrick vive com o seu pai, inválido, e a sua vida está longe de ser emocionante. Aliás, vive no constante desejo de ter o seu primeiro caso de amor e, por fim, lá consegue o seu primeiro beijo. Julien, ao contrário dos seus colegas de escola, vive numa casa miserável e a sua mãe, uma mulher tenebrosa e alcoólica, bate-lhe e abusa dele a toda a hora. E a sua avó não é melhor. O director da escola encara-o como um caso especial. Julien, para sobreviver num mundo que o hostiliza, vai mesmo tornar-se num ladrão, num mentiroso e num delinquente.
Para além da história destes dois garotos, François Truffaut traça ainda outros retratos quotidianos de uma pequena cidade francesa durante o Verão de 1976 como, por exemplo, a da menina fechada num apartamento que é alimentada pelos vizinhos, ou a do garoto que tem de assobiar para se entender com o pai e a mãe.
L’Argent de Poche (Na Idade da Inocência, na versão portuguesa) não é um dos melhores filmes de Truffaut, mas é de longe uma das sua obras mais queridas e simpáticas. Um misto de comédia, drama e fantasia, filmado com tremenda simplicidade, com inteligente sensibilidade."
Texto Eugénio Vital, daqui.
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