Um criminoso sexual, conhecido como o Assassino da Gravata , que viola as suas vítimas e as estrangula com uma gravata, deixa a polícia de Londres em estado de alerta. Todas as pistas incriminam um inocente, que vai ter que fugir da lei para provar que não é o culpado, tentando encontrar o verdadeiro assassino.
Penúltimo filme de Alfred Hitichcock, "Frenzy" era também o regresso à sua Inglaterra natal, depois de uma longa ausência. O território familiar parece ter-lhe feito bem, já que o filme é bastante confiante, e energético. Notam-se claras melhorias desde as suas últimas obras, "Torn Curtain" e "Topaz", dois filmes menores na carreira do realizador, que parecem ter ser apenas dois thrillers normais. Apesar de não ser um Hitchcock no topo de forma, tem toda a sagacidade e o humor mórbido que eram habituais nos bons tempos da sua carreira.
O filme era adaptado de um livro de Arthur La Bern chamado "Goodbye Piccadilly, Farewell Leicester Square", e revisitava muitos dos seus motivos que tinham feito a raíz dos seus trabalhos mais famosos: o tema do falso culpado, o humor negro a lidar com ironias da vida (o corpo de uma mulher aparece a boiar num rio logo depois de um político proclamar que ele está livre de poluição), e o ponto de vista pessimista de Hitchcock sobre a humanidade, reflectido na violência sexual dos crimes. O argumentista criminal, Anthony Shaffer, é quem une todos estes pontos.
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