Colonos franceses em África de repente ficam-se no meio
a uma guerra contra os alemães. Certos de que precisam cumprir o
dever e ao mesmo tempo lutar contra os inimigos, eles imediatamente
recrutam a população nativa. E dão a eles botas e armamentos, a fim de
transformá-los em soldados. Diante do caos que se instala, surge um
jovem e idealista geógrafo francês, o único mais racional, que decide
controlar a guerra quando vê o fracasso daqueles inexperientes
combatentes.
Filme de estreia de Jean-Jacques Annaud, realizador de obras como "A Guerra do Fogo", "O Nome da Rosa", "O Urso", entre outros. Produzido com dinheiro da Suiça, França e Alemanha, foi totalmente filmado na Costa do Marfim, e apesar de não ser dos mais belos filmes anti-belicistas acabou por levar um Óscar de Melhor filmes em língua estrangeira para casa, num ano em que a concorrência nem era muito forte.
É um filme carregado com sátira e ironia, onde abundam personagens brancos estúpidos e alienados com um conceito vago do patriotismo, Annaud constrói cenas absurdas e cómicas para mostrar toda a estupidez da guerra, colonialismo, divisão racial, etc.
Na altura em que foi feito o filme, a França ainda tinha interesses nas terras colonizadas, e talvez, num filme, nunca tenha ficado tão claro o desprezo dos colonos pelos colonizados. Talvez por isso, o Óscar.
Link
Imdb
Sem comentários:
Enviar um comentário