segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Shutter (Shutter) 2004

Thun, um jovem fotógrafo, e a sua namorada Jane, atropelam acidentalmente uma pedestre. Fogem da cena do crime e regressam às suas vidas normais em Bangkok. A partir de então, Jane, passa a ser atormentada por estranhos pesadelos, enquanto Thun nota que nas suas fotos aparecem estranhas figuras, parecidas com fantasmas. O casal decide investigar o fenómeno e encontra outras fotografias com imagens sobrenaturais. Paralelamente os melhores amigos de Thun, começam a morrer, um a um, de forma misteriosa.
Um dos factores motivacionais mais comuns nas histórias de fantasmas é a vingança. A este respeito, "Shutter", um filme tailandês dos jovens realizadores Banjong Pisanthanakun e Parkpoom Wongpoom (ambos com menos de 30 anos), não traz nada de novo.Usando o fenómeno da fotografia do espírito como trampolim, "Shutter" oferece uma arrepiante, se não terrivelmente original, história de culpa, decepção e vingança fantasmagórica. Os dois realizadores apresentam com confiança a sua história, ajudados no argumento por Sopon Sukdapisit), auxiliados por uma idéia intrigante e um elenco muito forte, com o resultado a funcionar não só como um dos melhores exemplos do cinema de terror tailandês, como também do cinema asiático em geral. 
Uma das primeiras coisas que saltam à vista para as audiências é a seriedade com que os realizadores levam a sua história. Não há lugar para personagens fofas ou situações engraçadas, que possam trazer um alívio cómico. As aparições fantasmagóricas são todas convincentes, e quase sempre de arrepiar. Pisanthanakun e Wongpoom não se fixam na aparência do fantasma, e quando o vemos é uma imagem que parece estranha a maior parte do tempo. O argumento acredita na história em vez de brincar com ela, e a abordagem séria dos realizadores permite facilmente que acreditemos no filme. 
Foi, talvez, o maior sucesso do cinema de terror tailandês, tanto a nível de crítica como a nível de público, passando por vários festivais internacionais, como Tribeca, Munique, Sitgés, Viena, Lyon, que lhe deram um certo estatuto de culto, ao mesmo nível de outros filmes asiáticos, como "Ring", "The Grudge", "The Eye", entre outros. Teve um remake americano quatro anos depois, por sinal realizado por um realizador japonês.

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