sábado, 19 de janeiro de 2019

O Estranho Caso de Angélica (O Estranho Caso de Angélica) 2010

A história segue Isaac (Ricardo Trêpa), um jovem fotógrafo que vive numa pensão numa pequena cidade ao longo do Rio Douro. Um noite chuvosa, por um acaso, ele é convocado por uma família rica das redondezas para tirar um retrato da sua jovem filha, Angélica (Pilar López de Ayala), que morreu tragicamente. Enquanto procura o melhor ângulo para tirar o retrato, quando olha através do seu visor, vê Angélica abrir os olhos e sorrir. Depois do medo inicial de se aperceber o que acabou de acontecer, e que mais ninguém reparou neste momento mágico, Isaac apaixona-se pelo fantasma de Angélica, sonhando e pensando nela a todo o momento, ao ponto de se distrair da sua vida.
Um filme muito simples, não particularmente forte em interpretações, argumento ou drama, mas que transporta uma atmosfera maravilhosamente leve e divertida, convidando à contemplação dos mistérios da vida, captando a beleza pitoresca da região do Douro, na região Norte de Portugal, com todas as suas colinas e vales, arquitectura antiga, e vastas vinhas, com uma câmara que mantêm sempre uma distância calculada da acção. O mais importante é o sentimento nostálgico atemporal que Manoel de Oliveira dá ao longo do filme, com uma sensibilidade constante das  diferenças entre a vida moderna e de como as coisas costumavam ser. 
Oliveira já era centenário quando realizou este filme, e estreou "O Estranho Caso de Angélica" no Festival de Cannes de 2010, onde o filme foi exibido, na secção "Un Certain Regard".

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