A história da pobre comunidade piscatória da Nazaré, das suas tragédias, conflitos e dramas colectivos. António Manata e Manuel Manata são dois irmãos pescadores muito diferentes. Um é forte e valente e o outro fraco e cobarde. A mulher de António sonha em construir uma casa e vai juntando pedra para a fazer, mas o dinheiro da pesca nunca chega para isso. Manuel tem uma relação de amor-ódio com o mar. Para mostrar a todos que é um bom pescador, reúne uma companha, pede um barco emprestado e lança-se ao mar em busca do seu sustento e para vencer os seus medos.
Depois de "Saltimbancos" a carreira de Manuel Guimarães estava bem lançada, e, logo de seguida, com a colaboração de Alves Redol, faz este "Nazaré", uma obra que andava pelos mesmos caminhos de outro grande filme do cinema Português, "Maria do Mar". Sobre este filme Manuel de Azevedo escreveu:
«Não há dúvida de que o caso de Manuel Guimarães, por exemplo, nunca foi tratado com o carinho que merece e apontado pelo que representa de sincero esforço de reabilitação. Os seus filmes “Saltimbancos” e “Nazaré”, sendo embora insuficientes pela imprecisão estilística e falta de profundidade dramática, representam, no entanto, qualquer coisa de diferente, de sincero, de merecedora de respeito e interesse. Dizer que as suas obras não valem porque não são perfeitas, é o mesmo que exigir que todos os artistas sejam génios; ou que toda a criação seja uma obra prima».
Foi um bom sucesso do cinema português da altura. Em apenas três semanas já tinha 27 mil espectadores.
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