Adaptação do romance de Thomas Berger sobre as memórias de um velho de 121 anos que evoca os seus tempos no Oeste, vivendo entre dois mundos, o dos pioneiros e o dos americanos primitivos que o tinham raptado em criança no ataque a uma caravana. Uma revisão de alguns mitos da história e clichés do western, em particular a personagem de George Armstrong Custer e a batalha de Little Big Horn.
"O romance de Thomas Berger (publicado em 1964), onde se baseia "O Pequeno Grande Homem", é uma das obras mais divertidas e originais da ficção do Oeste. Relata as picarescas aventuras de Jack Crabb, que é várias vezes capturado pelos índios e se torna num pistoleiro do velho Oeste, encontra-se com Wild Bill e junta-se ao General Custer na batalha de Little Big Horn. No filme, Jack é interpretado por Dustin Hoffman e vamos encontrá-lo, pela primeira vez, com a avançada idade de 111 anos por um honesto explorador que acredita em toda a sua inacreditável história.
O que se segue é uma desmontagem, numa envolvência absoluta, do mito western, mostrando Custer como um ferrabaz vaidoso e Hicock como um neurótico ansioso. Os Cheyenes, pelo contrário, que adoptam Jack na sua tribo, são um povo cortês e amante da vida e, nesse aspecto, estão bem representados na figura de Old Lodge Skins, maravilhosamente interpretado pelo Chefe Dan George. A descrição do ataque ao campo dos Cheyennes pela Sétima Cavalaria de Custer (baseado no massacre de Washita, em 1868) quase nem se preocupa em disfarçar uma óbvia referência à Guerra do Vietname, no auge da fúria quando o filme foi rodado, e, em particular, à infame matança de My Lai."
Texto de EB.
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