Repressão política e sexual na Hungria, logo depois da revolução de 1956. Em 1958, o corpo de Eva Szalanczky, uma jornalista política era descoberto perto da fronteira. A sua amiga Livia está no hospital com o pescoço partido. O marido de Livia, Donci, está sob prisão. Num flashback ao ano anterior vemos o que leva a esta tragédia. Eva consegue um emprego como escritora, conhece Livia e sente-se atraída por ela. Livia sente o mesmo, mas é casada e tem muitas dúvidas e hesitações. No trabalho, elas procuram os limites das verdades políticas. Em particular elas enfrentam os limites de viver a verdade sexual e emocional.
Na Hungria o cinema esta sujeito a menos censura do que nos seus vizinhos da Checoslováquia e Polónia, mas mesmo assim, este filme de Károly Makk encontrou muita oposição no país de origem, e Makk sofreu muita pressão para mudar a história. Não apenas o assunto era muito sensível politicamente, mas também foi o primeiro filme da Europa do Leste a lidar com o tema da homossexualidade. Makk, no entanto, já tinha uma grande reputação no Ocidente, em parte devido ao seu filme de 1971, "Love", e assim "Outra Forma de Amar" acabou por ser exibido em Cannes em toda a sua forma, sem cortes nem censura, acabando depois por ser exibido comercialmente nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Baseado num livro de Erzsebet Galgoczi, é um drama envolvente que nos dá um valente soco no estômago. A história é contada em flashback, e sabemos logo de inicio que não vai acabar bem, com Makk a ligar explicitamente a opressão política à opressão sexual.
Foi exibido na Selecção Oficial de Cannes, sendo a quinta vez que um filme de Károly Makk entrava na competição.
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