A viver no Kentucky antes da Guerra Civil, Amantha Starr (Yvonne de Carlo) é uma jovem privilegiada. O pai viúvo, e dono de uma grande plantação, adora-a e manda-a para as melhores escolas. Quando o pai morre, de repente, o mundo de Amantha é virado de cabeça para baixo. Descobre que o pai vivia com dinheiro emprestado, e que a sua mãe era uma escrava e amante do pai. A plantação tem de ser vendida para pagar as dívidas do pai, e como ela é filha de escravos também tem de ser vendida com a propriedade. É comprada pelo dono de uma plantação do Louisiana, Hamish Bond (Clark Gable), e tenta amá-lo, até descobrir que ele é um traficante de escravos.
Começando com "The Birth of a Nation" (1915), o tema da Guerra Civil Americana fluiu de forma constante no cinema norte-americano. "Band of Angels" (1957), com Clark Gable, Yvonne De Carlo e Sidney Poitier a trabalharem sobre as ordens de Raoul Walsh, foi um filme que nunca conseguiu arrecadar críticas muito favoráveis, sobretudo, por causa das comparações, inevitáveis, com "Gone with the Wind" (1939). Além de tentar reciclar o Rhett Butler de Gable num sulista malvado, transformando-o num bom homem, embora tardiamente, para fazer a coisa certa, mas mantendo uma perspectiva sulista, segundo um livro de Robert Penn Warren. No romance de Warren a guerra está mais longe do que em "Gone With the Wind", e o combate que vemos não é entre soldados. Embora as raízes da Guerra Civil, o racismo e a escravidão, estejam bem presentes no seu núcleo, "Band of Angels" foca-se mais em envolvimentos românticos. Se os direitos civis podem ser ouvidos a bater à porta, na pessoa de um escravo educado e desafiante, interpretado por Poitier, o melodrama romântico está mais perto de Madame X do que de Malcolm X.
Mesmo assim, o filme funciona bem como entretimento. Um blockbuster para o cinema da altura.
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