Adaptado de uma peça de Marieluise Fleisser, Fassbinder concentra-se no que acontece aos habitantes da pequena cidade de Ingolstadt, quando um grupo de jovem recrutas chega, para construir uma ponte. Duas amigas, ambas empregadas domésticas, permitem-se ser usadas pelos recrutas, embora de maneiras diferentes. Alma (Irm Hermann) atira-se aos recrutas sexualmente, tornando-se uma prostituta. Berta (Hanna Schygulla) envolve-se com um recruta emocionalmente, e não percebe porque ele a trata tão friamente. Depressa os recrutas terminam a ponte, e partem tão depressa como chegaram, deixando as mulheres e o resto da cidade desgastadas.
Quando trabalhava com o director de fotografia Michael Ballhaus, Fassbinder tinha a câmara sempre a girar em torno dos personagens. Mesmo que eles não estivessem a fazer nada sempre trazia uma sensação externa para o filme. Com Dietrich Lohmann, que fotografou a maioria dos primeiros filmes do realizador, acontecia exactamente o contrário. Ele apontava a câmara, e apenas ocasionalmente a rodava. Fassbinder gostava sempre de takes longos, e gostava de dar um ar teatral aos seus filmes, principalmente na fase inicial da sua carreira.
O uso de personagens decadentes também era habitual nesta fase inicial da sua carreira. Antes Fassbinder usava gangsters, aqui usava prostitutas e soldados bêbados. Apesar de ser uma obra menor na carreira do realizador, também feito para TV, tem alguns toques de Fassbinder. Vale como uma curiosidade.
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