"Durante o Carnaval de Veneza, várias pessoas se encontram num café: Eugénio (Harry Baer) deixou a sua mulher, Vittoria (Margit Carstensen) para ir a um antro de jogo. Ela encontra-o e concorda em prostitui-se para ele. O Conde Leandro (Günther Kaufmann) também largou a mulher, Plácida (Ingrid Caven), e ficou noivo da prostituta Lisaura (Hanna Schygulla); mas ela deixa-o e ele tem de voltar para a mulher. O empregado de mesa Trappolo (Hans Hirschmüller) perdeu a sua fortuna e apenas os donos do café (Peter Raben) e da casa de jogo ganham com o assunto.
"Das Kaffeehaus" (1970) tem grande interesse, pois é a única produção do antitheater de Fassbinder prservada em filme ou vídeo. O genérico final declara que a peça contém "elementos dramáticos desenvolvidos por Rainer Werner Fassbinder e Peer Raben", em colaboração com a companhia de Bremen". Kurt Hubner, director do Bremen Stadttheather (Teatro Municipal de Bremen), convidara o antitheater para um espectáculo especial em Bremen. Fassbinder aproveitou a ocasião para apresentar a sua versão de "La Bottega del Caffé", uma peça de Carlo Goldoni, de 1750. Fassbinder lera o texto de Goldoni apenas uma vez, antes de escrever a sua peça.
"Das Kaffeehaus" desenrola-se num único cenário, com uma decoração minimalista: algumas cadeiras pretas, uma parede traseira branca, um tapete branco - mais nada. A filmagem é igualmente minimalista: a câmara filma os acontecimentos em takes muito longos, como se decorresse num palco de teatro. Não há uma única sequência em grande plano ou com cortes para outros planos. A câmara move-se livremente de planos gerais para grandes planos, mas sem cortes. Todos os actores estão em palco durante a peça inteira, mesmo que, de acordo com o enredo, ainda não estejam em cena. Fala-se deles como se lá não estivessem, mas estão em fundo e entram frequentemente nas composições visuais." Texto de Rainer Werner.
Legendas em inglês.
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