sexta-feira, 6 de março de 2015
Filha da Mãe (Filha da Mãe) 1990
Comédia sentimental, intriga policial e tragédia conjugal, este filme conta a história de Maria (Rita Blanco), uma “filha da mãe” cómica, agressiva, cínica e sentimental. Tem um namorado, Adriano (João Cabral), que se dedica a pequenos tráficos e roubos. A sua mãe é Júlia (Lídia Franco), actriz insegura e mazinha que tem por amante ocasional Gigi (Miguel Guilherme), actor e toxicodependente, sempre sem dinheiro e com o coração dividido entre Júlia e Dalila, sua colega de palco. O seu pai é Álvaro (José Wilker), um pintor que depois de ter estado desaparecida durante vinte anos no Brasil quer voltar para Júlia como se nada tivesse acontecido e dá de caras com uma filha que não sabe se é sua e que, quase sem se dar conta, lhe cai nos braços.
"O segundo filme de um jovem realizador português confirma alguns traços pessoais, perde-se em pequenas cenas e torna-se perturbante quando finalmente se encontram duas fortes personagens. A mais evidente afinidade entre "Filha da Mãe" e "Três Menos Eu", o primeiro filme de João Canijo, é o triângulo sentimental. No outro filme um rapaz circulava entre duas raparigas, neste um homem circula entre duas mulheres. Mas em "Filha da Mãe" a relação triangular tem uma maior intensidade (questão física que se deve entender no sentido perturbante da relação entre três corpos) e é também mais generalizada.
Recordar-se-à que no filme anterior de Canijo a introdução de um dos elementos do trio, o rapaz, ocorria pelo roubo de uma cassete numa loja de discos, e que "O Roubo" foi o título inicial deste segundo filme. Independentemente da alteração do título, o roubo é uma forma de transacção marcante em "Filha da Mãe", sublinhada pela presença de mais duas personagens, dois cúmplices de Adriano, Lázaro (Diogo Dória) e Victor (Adriano Luz)." Augusto M. Seabra, Público, 4/05/90
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