quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Expresso de Munique (Night Train to Munich) 1940
Quando os alemães marcham para Praga o inventor de armamento, Dr Bomasch, foge para Inglaterra. A sua filha Anna (Margaret Lockwood), foge da prisão para se juntar a ele, mas o líder da Gestapo consegue raptá-los e enviá-los de novo para Berlin. À medida que a guerra se desenvolve o agente secreto britânico Gus Bennet (Rex Harrison), segue-os disfarçado de oficial alemão.
De certa forma este é o protótipo dos primeiros tempos do thriller de espionagem britânico, antes dos bombardeamentos começarem a sério, antes do V-12, antes da extensão do Holocausto ser conhecida, por outras palavras, foi feito no tempo em que o filme de espionagem podia ser uma aventura divertida, um desafio à masculinidade e ao poder britânico. Continuava a ser uma questão de vida ou de morte, mas era possível que com a inteligência podia-se derrotar os alemães. É um filme muito mais light do que os filmes cinzentos realizados no pós-guerra pelo mesmo Carol Reed, como "The Third Man". Esta versão de Munich da Segunda Guerra Mundial servia muito mais como cenário alarmante do que como um desafio visceral à moralidade da espécie humana. Esta abordagem de Reed é um pouco cómica, e teve sucesso mais graças ao excelente elenco do que propriamente ao argumento.
"Night Train to Munich" tem muito a partilhar com um filme de Alfred Hitchcock, realizado no ano anterior "The Lady Vanishes". Tês membros do elenco, os argumentistas Frank Launder e Sidney Gilliat, uma história à volta de uma intriga internacional, e uma extensa sequência a bordo de um comboio. Há um bom balanço entre comédia e acção, e o filme também funciona bem como veículo de propaganda para a entrada da Inglaterra na guerra.
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