Um jovem músico corteja uma bela mulher que se recusa a responder a qualquer coisa que ele diga, apesar dos múltiplos encontros entre os dois. Eventualmente ele descobre que ela é surda, e o resto do filme seguimos o silencioso romance entre os dois.
Mikhail Bogin era o realizador da União Soviética mais liricista entre os que começaram em meados da década de sessenta, ganhando reputação internacional com esta sua primeira obra, uma média metragem de nome "Dvoe" (1965), uma história de amor entre um jovem músico e uma rapariga surda. Nesta obra de estreia, as relações pessoais são retratadas de uma forma calorosa e com sinceridade, mas a actriz que intrepreta a heroína com uma deficiência auditiva não consegue comunicar com linguagem de sinais. A falta de uma linguagem de sinais pode significar uma tentativa de esconder ou minimizar a incapacidade de sintetizar o poder estatal, e uma ideologia de reprimir todos os outros tipos de linguagens.
"Dvoe" foi bastante reconhecido na altura da estreia, vencendo o prémio FIPRESCI no Festival Internacional de Moscovo, além de ter recebido óptimas críticas, como a do crítico Howard Thompson do New York Times:
"See "Dvoe," whatever you do. It was made at the Riga Studios in Latvia, under a young director of uncommon skill and insight named Mikhail Bogin, who wrote the screenplay with Yuri Chulyukin. Ever so simply and sweetly, minus one drop of saccharine, the picture conveys the growing love of the spirited oboist and the beautiful girl in her silent world who studies at a pantomime theater for deaf mutes.
"What is music like?" she scribbles. There is a moment of freezing beauty with the boy watching the girl as the balcony scene from Romeo and Juliet is pantomimed on the stage. The picture is most effective when the sound track goes silent, as at the climax when the deaf girl attends a concert."
Legendas em Inglês.
Filme escolhido pelo Bruno Andrade.
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Imdb
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