domingo, 23 de setembro de 2018

O Tigre de Eschnapur (Der Tiger von Eschnapur) 1959

Um arquitecto viaja para a isolada cidade de Eschnapur para supervisionar um trabalho que está a ser feito no legado do marajá local. O arquitecto conhece e apaixona-se por uma dançarina do templo, que também parece corresponder ao amor dele, mas ela também é alvo da cobiça do marajá, que planeia casar-se com ela, apesar da feroz oposição dentro da sua própria corte.
Em1921 Fritz Lang esperava dirigir um argumento escrito a meias com a sua esposa de então, Thea von Harbou, sobre um arquitecto envolvido em aventuras e romances na Índia mais profunda e sombria, mas o produtor e cabeça de estúdio de então, Joe May, decidiu não só ele próprio dirigir o filme como escolher a sua esposa para protagonista. Esta oportunidade perdida ficou a fervilhar dentro de Lang, até que o produtor Artur Brauner lhe fez uma oferta para realizar uma nova versão já no final dos anos cinquenta, que também seria uma oportunidade de regresso ao seu país de origem. Lang aceitou, e mandou Werner Jorg Luddecke retrabalhar a história original que, tal como em 1921, seria dividido em 2 filmes, e mostrado como se um serial antigo se tratasse.
Lang não era novo para o cinema Pulp, em 1928 já tinha feito " Spionen" , a série do Dr. Mabuse envolve igualmente um vilão com uma fome doentia pela dominação sobre as pessoas. As duas partes desta aventura épica são projectadas para revisitar as aventuras exóticas dos brancos que ficaram emaranhados na política e no fruto proibido de culturas distantes.
A fotografia de Richard Angst é de grande qualidade, e tal como nos filmes de Mario Bava as cores são muito coloridas.
Filme escolhido pelo Carlos Trocado Ferreira.

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