A montagem deste documentário de Vertov é uma ode para a vasta região da União Soviética, e todas as diferentes culturas contidas nela. Como todos os filmes de Vertov, este é um documentário que não possui narrativa, e é composto por uma série de imagens cuidadosamente montadas para criar significado.
O título refere-se à quantidade de terra que é ocupada pela União Soviética recém formada, e a função do filme seria para comemorar e unificar a diversidade contida na multidão de culturas. Foi encomendado à agência comercial do governo soviético uma espécie de anúncio para a URSS ser exibida internacionalmente. Vertov aproveitou a oportunidade para transformar o filme numa espécie de poema, ilustrando as suas idéias sobre o poder do cinema.
Enquanto o filme recebia algumas críticas pelo seu exagerado uso de legendagem poética, outros elogiaram não só a sua abordagem inventiva ao ritmo entre o seu texto lírico e as imagens, mas também pela criação de uma sinfonia de cinema por parte de Vertov, cuja montagem extraordinariamente ousada e complexa ligava imagens de todos os lados dos territórios. Para Vertov "já era mais do que um filme, era o próximo nível depois do próprio conceito do cinema". A sua forma e conteúdo ideológico eram revolucionários, "A Sexta Parte do Mundo" foi também para alguns críticos a completa victória dos factos sobre a fábrica de sonho de Hollywood.
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