Judeus sobreviventes do Holocausto tentam emigrar para a Palestina, então sobre controle britânico. Estes, no entanto, restringem a migração apreendendo os navios que transportam os judeus e confinando-os no Chipre. Um combatente da Haganá, Ari Ben Canaan, é enviado ao local para fazer o que for necessário para que 611 passageiros cheguem a Palestina. O plano é descoberto instantes antes do navio zarpar. A maioria dos passageiros recusam-se a regressar ao confinamento, permanecem a bordo do Exodus, novo nome dado por eles ao navio, e iniciam uma greve de fome.
Baseado no best seller de Leon Uris, Exodus (1960) concentra-se no nascimento de Israel depois da Segunda Guerra Mundial. Centra-se em Ari Ben Canaan, um líder da resistência israelita que tenta ajudar um grupo de 600 judeus que tentam escapar de um bloqueio britânico para a palestina.
Otto Preminger, o realizador, era um homem que gostava de controvérsia, e desde o inicio que esta adaptação do livro de Leon Uris tinha os seus detratores. Primeiro Preminger decidiu descartar o argumento de Uris, porque considerava que o autor não podia escrever os diálogos, o que foi causar uma enorme controvérsia entre os dois durante anos. Depois convidou Albert Maltz, um argumentista da lista negra para escrever o argumento, mas este entregou-lhe uma versão de 400 páginas. O trabalho final iria parar às mãos de Dalton Trumbo, mais um da lista negra, que escrevia o argumento com o seu próprio nome. Mais ou menos na mesma altura, Kirk Douglas contratou Trumbo para escrever "Spartacus", e seria o reaparecimento de Trumbo que acabaria com o poder da Lista Negra.
Paul Newman, o protagonista, e Otto Preminger, o realizador, tinham dois estilos muito diferentes de trabalhar. Newman gostava de discutir as motivações do seu personagem com o realizador, mas este queria que Newman só fizesse o que ele lhe mandava. Um dia Newman entregou várias páginas de notas a Preminger, ao que este respondeu: "If you were directing the picture, you would use them. As I am directing the picture, I shan't use them."
A natureza não comprometedora de Preminger foi bem escolhida para esta produção específica. Havia discussões contra o filme pelos líderes de Israel, onde foi filmado em exteriores, assim como por líderes de grupos de terroristas, que levaram Preminger a enfrentar grandes pressões, e críticas à produção. Na sua autobiografia Preminger disse: "I think that my picture...is much closer to the truth, and to the historic facts, than is the book. It also avoids propaganda. It's an American picture, after all, that tries to tell the story, giving both sides a chance to plead their case."
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