Um empregador polaco, Nowak, leva um grupo de operários até Londres, para que eles ofereçam mão de obra barata a um escritório do governo. Nowak precisa de supervisionar o projeto e os homens, que enfrentam as tentações do ocidente e a solidão e separação de suas famílias. Quando a agitação na Polónia conduz a uma intervenção militar, Nowak encara uma situação bem mais difícil do que esperava.
Jerzy Skolimowski é um cineasta habilidoso com um talento especial para cenários claustrofóbicos, um estranho sentido de humor, e uma visão sóbria da duplicidade humana. "Moonlighting" debruça-se tanto sobre a corrupção na Polónia como é uma crítica afiada ao socialismo - as pessoas a roubarem e a atacarem-se umas ás outras nas ruas da cidade. Conduzindo os seus homens para cumprindo os prazos e negando-lhes a verdade, Nowak, interpretado por Jeremy Irons, transforma-se ele próprio num chefe totalitário. Os trabalhadores, eventualmente, revoltam-se e sentimos nos nossos ossos a sensação de traição que é a dor e a agonia de todos os indivíduos vitimados por aqueles que pensam que sabem o que é melhor. Este drama político não pronuncia uma única declaração política, uma vez que se torna alegórico e encontra alivio num sentido de humor amargo.
Skolimowski dá-nos bastantes hipóteses de observar tanto os londrinos na sua vida quotidiana, como os pobres trabalhadores polacos escondidos no escritório do seu patrão rico. Skolimowski já era habitual em Cannes, e concorria na selecção oficial. Com "The Shout" havia ganho o Grande Prémio do Juri.
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