Kamikura (Jô Shishido) é um assassino que é contratado para matar um chefe da Yakuza que está a ficar ganancioso. O senhor do gang rival que contratou Kamikura e o seu motorista Shun paga-lhes e arranja estadia num hotel durante uma noite, enquanto lhes arranja passagem para um navio. O filho do homem morto vai ter com o seu rival e oferece-lhe dinheiro e uma parceria em troca da vida de Kamikura. Kamikura agora passa a ser perseguido por dois gangs, e uma empregada no hotel onde estão ajuda Kamikura e Shun a fugirem...
A história é simples, o diálogo é mínimo e a acção é escassa. Narrativamente, e até cinemagráficamente, o filme deve muito à Nouvelle Vague, mas principalmente a Jean-Pierre Melville. Soltam-se ecos do seus films noir minimalistas, Jô Shishido parece encarnar o ar de coolness de Jean Paul Belmondo ou Alain Delon.Esta influência parece preceder uma vaga de filmes que viria uns anos mais tarde, com "The Killer", de John Woo e uma série de outros filmes cheios de derramamento de sangue. Embora este filme de Takashi Nomura não retrate elementos tão trágicos e tão extremos como Melville ou Woo, todos os três fazem canalizar os mesmos ideais para o seu protagonista: um homem que segue o seu próprio código estrito, mesmo que isso possa trazer a sua morte. Perante qualquer situação, estes homens nunca irão quebrar e irão manter sempre, o mesmo ar de confiança.
A partitura musical completamente aleatória de Jerry Fujio evoca imagens de Elvis Presley, que influenciou fortemente os primeiros filmes de acção da Nikkatsu, no final dos anos cinquenta. A banda sonora, obviamente, teve influência dos spaghetti westerns, mas tem uma grande importância no filme.
Legendas em inglês.
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Imdb
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