Em 1970, numa pequena cidade russa, um grupo de jovens revolucionários anarquistas tem como objectivo derrubar o regime czarista através da violência. Os ataques causam um clima de psicose e desconfiança mútua entre a população. Mas, na realidade, tanto os revolucionários como os opressores estão a ser manipulados por um diabólico indivíduo, que usa a violência para satisfazer as suas vinganças pessoais.
Desta vez é o polaco Andrej Wajda a recriar de maneira brilhante a atmosfera de terror e tensão do profético livro de Dostoiévski, sobre os riscos do fanatismo político. De um redemoinho de más intenções nasce o incêndio que queimou a vila dos estudantes e acabou por tomar a russia imperial. Com a sensibilidade dos grandes artistas Fiodor Dostoievski antecipa em 45 anos os crimes da Revolução Russa de 1917.
O twist que Wajda trouxe para o filme é essencial. Loucura, relações humanas frágeis e utopia são os principais ingredientes, entre os quais também se encontra a evolução de várias personagens russas. Nenhuma delas parece fazer parte do mundo real, todas parecem fazer parte do reino da filosofia.
Uma equipa de produção muito boa, com um argumento escrito a oito mãos, onde se incluía a realizadora polaca Agnieszka Holland e o francês Jean-Claude Carrière. O elenco também era bastante razoável, e contava com nomes como Isabelle Hupert, Bernard Blier, Omar Sharif, Lambert Wilson e Jerzy Radziwilowicz, protagonista de dois dos mais famosos filmes deste realizador, "Homem de Ferro" e "Homem de Mármore".
O filme concorria no festival de Berlin de 1988. De realçar ainda que o pai do realizador polaco foi assassinado pelos russos em 1940, quando ele tinha apenas 14 anos, numa tragédia que foi chamada de "O Massacre da Floresta de Katyn".
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1 comentário:
Boa tarde, link off, pode restaurr pf, Obrigado!!
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