Condenado à prisão, em 1997, como um estudante universitário de 22 anos, Yusuf é libertado por razões de saúde dez anos depois. Volta para a sua aldeia no leste da região do Mar Negro, onde é recebido apenas pela mãe doente e idosa. Acontece que o pai morreu quando ele estava na prisão e a irmã casou-se e mudou para a cidade. Os factores económicos fazem com que exclusivamente pessoas de idade morem nas aldeias das montanhas, e a única pessoa que vê é Mikail, um seu amigo de infância. Quando o outono lentamente cede lugar ao inverno, Yusuf vai com Mikail a uma taverna, onde conhece Eka, uma bela e jovem prostituta georgiana. Nem a época nem as circunstâncias são apropriadas para estas duas pessoas de mundos diferentes se apaixonarem.
Um filme sobre a memória colectiva, e as cicatrizes irremediáveis da história política recente, gerações, ideais e tradições perdidas. A primeira longa metragem de Ozcan Alper é filmada em grande parte na linguagem Hemshin ou Hemshinli (descendentes dos arménios de Hemshin, que se converteram ao islão no século 17), através de vozes e canções da terra, e as marés, de marés calmas a ondulações turbulentas, enquanto o Outono se deixa envolver calmamente pelo Inverno. A cultura Hemshin é documentada com detalhes antropológicos. O cruzamento do filme com a literatura, particularmente com Chekhov, está relacionada com a influência dos autores russos em Alper, mas também vem da proximidade de Hopa, local onde se passa parte da acção, com a antiga União Soviética (a actual Geórgia fica a 18km).
Ganhou uma série de prémios por esse mundo fora.
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