A épica aventura do lendário bandido Baran, depois da sua libertação da cadeia. Após ter ficado preso durante 35 anos não seria de estranhar que fosse encontras as coisas bem diferentes, porque o mundo mudou drasticamente. Ainda assim, Baran fica chocado quando descobre que a sua aldeia natal está agora debaixo de água, por causa da constução de uma barragem. Parte então para Istambul, para se vingar do seu ex-melhor amigo que o denunciou e ficou com a sua amante. Pelo caminho faz amizade com Cumali, um punk durão que simpatiza consigo.
Desde o final da década de oitenta que o cinema turco tinha embarcado numa crise criativa e também financeira, com os seus filmes a terem poucas hipóteses de combater contra os ocidentais. "O Bandido", exibido no Féstroia em 1998, foi um dos poucos que conseguiu inverter essa tendência, sendo visto no seu país de origem por 2,5 milhões de espectadores, e conquistando prémios valiosos como o Bogey Award na Alemanha. e o Golfinho de Ouro no Féstroia. A grande fatia da audiência era feminina, sobretudo donas de casa, que durante anos se tinham mantido afastadas do cinema.
Algumas criticas da época mostravam uma tendência para classificar o filme, não como uma obra de ficção, mas como um espelho, que reflectia a vida dura vivida no país. Isto era sintomático no sentido que os países ocidentais queriam filmes realistas, que demonstrassem as dificuldades vividas pelos países orientais. Stephen Snitzer, que viveu alguns anos na Turquia, escreveu no New York Times que "The Bandit" causou um enorme escândalo na Turquia que intimidou um enorme número de políticos que trabalhavam naquele país.
O realizador era Yavuz Turgul, que começou a sua carreira a escrever argumentos para Ertem Egilmez, que contribuíu para a formação do Yesilçam, o popular cinema dos anos 60 e 70, semelhante ao que se fazia em Hollywood. Já aqui vimos um trabalho de Turgul como argumentista, "Zügürt Aga", de Nesli Colgecen.
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