domingo, 26 de março de 2017

Cartas de Amor (Love Letters) 1945

Quando um homem, com pouco talento para escrever, pede a outro para escrever cartas de amor por ele, há sempre complicações. O homem sem talento casa com a rapariga, e confessa uma noite que não escreveu as cartas para acabar com uma faca nas costas. O escritor das cartas apaixona-se pela mulher a quem as escreveu para se tornar no seu segundo marido, mesmo que ela tenha assassinado o seu amigo. Singleton (Jennifer Jones), não se lembra do crime, nem de nada dos seus primeiros 22 anos de vida como Victoria Remington. No segundo casamento ela pensa porque terá dito "Eu aceito-te, Roger", em vez de "Eu aceito-te. Alan".
William Dieterle dirige este melodrama romântico de mistério, com argumento de Ayn Rand, baseado no livro "Pity Mr. Simplicity" de Chris Massie. Ayn Rand, escritora e argumentista nascida na Rússia, foi das muitas personalidades que emigrou para os Estados Unidos no período da Segunda Guerra Mundial, ficando conhecida, sobretudo, por "The Fountainhead", por ter escrito o argumento baseado num livro seu. "Love Letters" era uma variação do conto de "Cyrano De Bergerac". Há uma interpretação enorme de Jennifer Jones, já que o filme foi feito à sua medida, e um trabalho de câmara excepcional de Lee Garmes para nos manter totalmente focados na personagem principal, e uma banda sonora assombrosa de Victor Young. A dupla Jones e Dieterle ainda funcionaria melhor na sua colaboração seguinte, "Portrait of Jennie", realizado três anos depois, e que seria dps melhores filmes do realizador.
"Love Letters" foi nomeado para quatro Óscares, incluindo a nomeação de Jennifer Jones para Melhor Actriz, a terceira que conseguia aos 26 anos. 

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