Algures num futuro próximo, a policia recebe um estranho pedido de ajuda de um hotel isolado, situado nos Alpes. Quando o Inspector Peter Glebsky (Uldis Pucitis) chega ao local tudo parece estar bem. O crime que ele iria investigar parece não ter ocorrido. Pensando que tudo se tratava de uma brincadeira, ele liga ao seu chefe da recepção do hotel, e negoceia uma estadia de uma noite, disfrutando da vista espectacular, e da decoração moderna do resort. Mas esta noite vai ser tudo menos uma noite calma.
Baseado num livro do mesmo nome de 1970, também publicado com o título “Inspector Glebsky's Puzzle”, o filme tem argumento dos irmãos Strugatsky, que também são os autores da história original, estes irmãos também são conhecidos por terem escrito os livros que deram origem ao filme "Stalker", e "Hard to be a God", duas das produções mais importantes da ficção científica soviética.
É interessante como este filme partilha temas em comum com o trabalho de Phillip K. Dick. Pessoas estranhas com nomes estranhos, e um homem solitário a lutar contra a sua percepção da realidade, e o que significa ser humano. O filme em si tem alguns paralelos com "Blade Runner", tanto na trama como na estética. O ritmo lento, os visuais escuros, e as armadilhas retro-futuras, acompanhadas pela estranha banda sonora de Sven Grünberg, que soa um pouco a Vangelis.
A nível do argumento, é um filme muito complicado para fazer sentido num primeiro visionamento, e há alguns saltos e cenas abruptas que nos diminuem a oportunidade de absorver cenas importantes ou eventos estranhos. Mas, bem perto do final, tudo fará sentido.
Seria o derradeiro filme de Grigori Kromanov, um realizador nascido na Estónia, e que faleceria bastante cedo.
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