O estado egípcio enfrenta dificuldades, os assírios pressionam por fora, o estado está à beira da bancarrota, profundamente endividados aos mercadores fenícios, e as pessoas não podem ajudar, porque estão pobres. Ramses XII morre, e o seu filho Ramses XIII é proclamado faraó. Para acabar com o rápido declínio do Egipto, o jovem Ramses XIII decide aproveitar os tesouros armazenados por gerações nos templos, para gasta-los em reformas sociais e travar a guerra contra a Assíria. Mas o Clero opõe-se, e começa uma guerra política e religiosa entre os sacerdotes e o jovem faraó.
"Faraó" traz-nos uma mistura inebriante de visuais deslumbrantes e cenários que trazem o mundo antigo de areias e superstições vividamente para a vida, ao mesmo tempo concentrando-se no drama humano íntimo com um estilo de exposição que tem muito a ver com as obras de Shakespeare. Contrastando com "The Ten Commandments" (1956), de Cecil B. DeMille é um exercício útil, porque confunde a sua história com a história da Páscoa, fazendo referências óbvias ao Holocausto nazi para formar um continuo sofrimento judaico, que apesar de subestimado, funciona como um valente soco. Onde DeMille criava um mundo tão fantástico que o seu filme se tornava uma lenda por direito próprio, Kawalerowicz criava um mundo primitivo em que o poder do mito e do ritual é realmente aterrorizante.
O filme é adaptado de um romance do século 19 do escritor polaco Bolesław Prus, com o mesmo nome. A produção demorou três anos, começando no Outono de 1962 com a criação de um estúdio em Lodz. As filmagens tiveram lugar na Europa, Asia e Africa, com a maioria das cenas dos interiores a serem filmadas num estúdio em Lodz. As cenas de massas foram filmadas, em maioria, no deserto de Kyzyl-Kum, no Uzbequistão. O exército soviético forneceu 2000 soldados para trabalharem como figurantes, e o exército Egípcio mais 2000. O filme seria nomeado para o Óscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, assim como participou em Cannes, no festival de 1966.
Sem comentários:
Enviar um comentário