sábado, 6 de dezembro de 2014

Cinema Argentino Contemporâneo

A Argentina tem sido conhecida, especialmente no mundo da língua espanhola, pela qualidade na sua indústria cinematográfica, ainda que tenha enfrentado a repressão e a censura durante a década de 70, que reduziu drasticamente a quantidade de filmes realizados no país. Os efeitos deste período foram transportados para a década seguinte, com os filmes a tratarem do assunto que viria a ser conhecido como a "guerra suja". Apesar da ausência de risco nos filmes da década de 80, houve excepções, como o caso de "A História Oficial" (1985), que ganhou o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.
A década de 90 marcou uma nova fase no cinema argentino, com a estagnação das décadas anteriores a levarem um grupo de jovens realizadores a lutarem para recuperar a identidade cinematográfica do país, e mostrar a nova realidade que se focava menos nos eventos do passado, e mais nos problemas sociais enfrentados pelos argentinos.
O crescimento das escolas de cinema em meados dos anos 90 e a criação de novos festivais, como o Mar de Plata e o Bafici tornaram-se uma plataforma e um modo dos novos realizadores mostrarem o seu trabalho.
Assim, os realizadores que emergiram em meados dos anos 90, são colectivamente considerados parte do "Novo Cinema Argentino", mas são, na verdade, um grupo muito díspar, com tendências estilísticas muito particulares. No entanto, eles estão ligados por uma determinada contemporaneidade, misturando levemente a realidade e a ficção. Este novo cinema estava mais preocupado em criticar a sociedade moderna da Argentina e mergulha nas vidas das personagens com um tal detalhe que nos podemos ver em alguns detalhes que são comuns a qualquer ser humano.
Escolhi para este ciclo cinco filmes, cada um de um realizador diferente, para que fiquem com uma idéia do que era o cinema daquele país. São cinco, podiam ser mais, e também deixei de fora, "El Secreto de Sus Ojos", de Juan José Campanella, por ser o mais popular, e assim vos dar a conhecer outro menor do mesmo realizador. Espero que gostem do ciclo, a partir de Segunda-Feira.

Segunda: Mundo Grúa (1999), de Pablo Trapero

Terça: Nueve Reinas (2000), de Fabián Bielinsky

Quarta: El Abrazo Partido (2004), de Daniel Burman

Quinta: Luna de Avellaneda (2004), de Juan José Campanella

Sexta: La Mujer Sin Cabeza (2008), de Lucretia Martel

Sem comentários: