Um nativo da Mauritânia fica encantado quando é escolhido para trabalhar em Paris. À espera de transformar a experiência numa vida melhor para si próprio prepara ansiosamente a partida da sua terra natal. Embora seja um homem educado teve bastantes dificuldades em encontrar trabalho e um apartamento. Ele vê a desigualdade racial como os negros a serem relegados para trabalho manual enquanto brancos menos qualificados têm preferência. Um jantar com um amigo branco liberal revela também uma atitude de colonização continua perante os países do terceiro mundo...
"Soleil Ô" foi rodado ao longo de quatro anos com um orçamento muito reduzido, contando a história de um imigrante negro que se dirige para Paris à procura dos "seus ancestrais gauleses". Este manifesto filmico denuncia uma nova forma de escravidão, muito popular nos dias que correm, os imigrantes que procuram desesperadamente trabalho e um lugar para morar, mas só encontram a indiferença, a rejeição e a humilhação, antes de aceitarem o apelo final à insurreição. “Soleil Ô” é também o título de uma canção da Índia Ocidental, que fala da dor dos negros de Dahomey (agora Benin), que foram levados para o Caribe como escravos.
Um grito de revolta contra todas as formas de opressão, colonização e todas as suas sequelas políticas, económicas e sociais, e uma denuncia violenta dos fantoches instalados no poder, em muitos países africanos, pela burguesia francesa. Foi aclamado na Semana da crítica do Festival de Cannes de 1970, para depois ganhar o Leopardo de Ouro em Locarno do mesmo ano, ex aqueo com três outros filmes.
Legendas em Inglês.
Filme escolhido pelo Luis Bernardo.
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