Dum (Chartchai Ngamsan) era um brilhante estudante universitário com um futuro ainda mais brilhante pela frente. Depois do seu pai ser brutalmente assassinado resolve unir forças com o senhor do crime Fai (Sombat Metanee), trocando os estudos académicos por uma vida de criminoso. Agora é conhecido como Black Tiger, o criminoso mais conhecido do gang de Fai. Ainda assim está apaixonado pela sua namorada de infância Rumpoey (Stella Malucchi), e quer casar com ela, mas as coisas complicam-se quando ela se envolve com um polícia ambicioso (Arawat Ruangvuth) que quer acabar com o reino de terror de Fai.
Duas coisas sobressaem logo neste filme: as cores, numa mistura peculiar de rosas brilhantes e verdes opacos. A segunda é a música, numa mistura de sons ocidentais, clássicos familiares, e canções tradicionais tailandesas que remontam aos anos cinquenta. Estes dois factores dão o tom ao filme, e seguem até ao final dando uma sensação um tanto surrealista.
"Tears of the Black Tiger" marca o regresso do realizador/ argumentista Wisit Sasanatieng aos "anos heróicos do cinema de género tailandês". Um dos primeiros filmes deste país a ser aceite em Cannes, funciona tanto como uma homenagem como uma paródia, paródia de filmes heróicos que foram também eles, paródias inconscientes da época dourada de Hollywood. Humoristicamente mergulhando nos westerns kitsch dos anos 30 e 40, com umas colheradas de melodrama e romance, com um tempero dos filmes de gangsters, é um filme muito conseguido tecnicamente, e bastante equilibrado.
Muitas das imagens do filme de Sasanatieng são influenciadas por westerns, spaghetti e outros, mas as convulsões da sua narrativa talvez devam mais aos filmes chineses de artes marciais, que aos épicos de John Ford e Sérgio Leone.
Legendas em Inglês.
Filme escolhido pelo Pedro Soares.
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