Três ambiciosos "Workaholics" estão à solta na sala de imprensa de uma rede de TV onde as suas vidas profissionais e pessoais acabam irremediavelmente interligadas. Tom (William Hurt) é um âncora moderno, bonito, bem educado e um pouco burro. Jane (Holly Hunter) é a sua ambiciosa e brilhante produtora, que está decidida a transformar Tom num verdadeiro sucesso das notícias. E Aaron (Albert Brooks) é um competente repórter, mas totalmente desprovido de carisma para atrair o público, que não consegue tolerar o rápido sucesso de Tom frente às câmeras ou junto de Jane. Os elementos perfeitos para um explosivo e divertido triângulo amoroso.
Visto hoje, 31 anos depois da sua estreia no cinema, "Broadcast News", a segunda longa metragem de James L. Brooks e sucessor do hiper sucesso "Laços de Ternura", é uma excursão antropológica à era passada das notícias em rede, assim como uma comédia sintonizada com as relações no sucesso profissional. Dadas as massivas mudanças que se deram nos mídia desde os anos oitenta, há pouco sobre a representação do frenético pulso que há nas redações de hoje em dia, mas em 1987 o filme foi um retalho detalhado do que acontece por detrás de uma câmara de uma noticiário, em 2018 é um documento histórico de como as coisas costumavam ser (ou deviam ainda ser).
Ao contrário da maioria dos filmes de Hollywood, que tendem a concentrar num protagonista singular ou casal, Brooks divide "Broadcast News" em três personagens centrais, cujas várias interacções, antagonismos, acoplamentos e desacoplamentos, definem tanto o arco dramático da história, quanto as várias facetas do ambiente de trabalho. Somos apresentados a cada um desses personagens como crianças, que Brooks usa para definir com humor as suas características de carácter conflituante.
Foi nomeado para 7 Óscares, mas perdeu-os todos. Era o ano em que ganhava "O Último Imperador", de Bernardo Bertolucci.
Filme escolhido pelo André Sousa.
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