Lisboa, num dia de Inverno de 1994, entre as seis e as catorze horas. Uma mulher de quarenta anos desespera ("ter a idade que tenho e não saber nada de ter filhos") nas últimas oito horas que precedem o nascimento do seu primeiro filho. Entre risos e lágrimas, o seu companheiro, um homem muito mais novo do que ela, inventa-lhe histórias que coincidem com as horas que passam e lhe aliviam a dor. Trágicas, cómicas, caóticas e alucinadas. No preciso momento em que, ao princípio da tarde, o cadáver de um dos personagens é retirado do rio, um recém-nascido solta os primeiros e emocionantes berros da vida.
De manhã, Lisboa é assim.
"Um freixe de histórias entrecruzadas num filme que faz manhã em Lisboa. A cerzidura é precária, mas não o material de base onde onde se entrevê um sem número de hipóteses para outros tantos filmes, possíveis de construir isoladamente, com outro tempo, outra respiração. Filmes em géneros diversos, do melodrama ao musical, da história de amor ao registo fantástico, expostos como numa montra de charcutaria. E tal como aí, uma a uma, é provável que as "delicatessen" fossem de aprovar. Em conjunto é quase certo que os sabores se anulem e que haja indigestão em perspectiva". Jorge Leitão Ramos.
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