Elas são duas: uma mãe e uma filha. Não têm nomes, e andam em constante fuga. A mãe tenta fugir da filha, numa tentativa de começar uma nova vida. A filha corre atrás da mãe porque não sabe viver sem ela. Uma corrida sem fim, que está cheia de erros repetidos. "Volchok" é o primeiro brinquedo na vida da filha, e o único laço que a amarra à mãe. Mas um dia esta corrida tem um fim.
Uma representação realista de uma história implacavelmente deprimente, abençoada com grandes interpretações e um excelente argumento. Pode ser um duro soco na cara do espectador, mas uma reflexão irá revelar que o filme está visualmente muito bem orquestrado. Um mundo muito duro é visto pelos olhos de uma criança de sete anos de idade. Pode ser a Rússia, pode ser outro lugar, mas a história pode levar alguns pais a reconsiderarem a sua relação com os seus filhos.
Feito com um equilíbrio agradável de garra e intensidade, "Volchok" foi uma estreia impressionante, não apenas para o realizador/argumentista Vasiliy Sigarev (uma estrela em ascensão no cinema russo), mas também para a protagonista Yana Troyanova, no papel da psicologicamente abusiva mãe. Antes de se dedicar ao cinema Sigarev tinha estudado teatro, e em 2002 a sua peça "Plasticine" tinha ganho o Evening Standard Most Promising Playwright Award, no Reino Unido. O realizador e a protagonista são casados na vida real, e têm um filho.
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