terça-feira, 5 de março de 2019

A Casa das Janelas Malditas (La Casa dalle Finestre che Ridono) 1976

Stefano é um restaurador contratado para uma pequena aldeia perto de Ferrara para restaurar uma pintura de São Sebastião, feita por um pintor mentalmente perturbado chamado Buono Legnani, na igreja local. Stefano foi recomendado pelo seu amigo, Dr. Antonio Mazza, e descobre que Legnani era conhecido como "o Pintor da Agonia", porque costumava pintar pessoas à beira da morte. Além disso foi dado como morto há muitos anos, mas o seu corpo nunca foi encontrado. António andou em investigações e conta a Stefano que descobriu um segredo sobre o pintor e os aldeões.
"A Casa das Janelas Malditas", de Pupi Avati, posiciona-se como um giallo desde início, não apenas pelo seu enigmático e comprido título (típico do género), mas também pelo prólogo monocromático, em que duas figuras vestidas com robe apunhalam repetidamente um homem, enquanto uma voz masculina é ouvida delirantemente sobre cores infeciosas.
Noutros aspectos, "A Casa das Jenelas Malditas" também é um giallo clássico, com as suas intrigas psicossexuais, assassinatos brutais, reviravoltas imaginativas, mas aparte a abertura ensanguentada do filme, Avati em grande parte dispensa o grandioso estilo barroco visto em obras de Bava, Argento ou Fulci. Em vez disso, o seu lento acumulo de tensão paranóica é mais parecido com os filmes da década de sessenta de Roman Polanski, que como já vimos neste ciclo teve bastante inflência em vários giallos, com Avati a fazer o terror manifestar-se mais na mente das pessoas do que na tela. O resultado enervante faz desde filme um giallo bem acima da média, apesar de não ser dos mais conhecidos, nem ter um realizador ou actores conhecidos. 

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1 comentário:

Grave disse...

Adoro este filme, lembro-me que há muitos anos atrás fiz uma maratona giallo e este surpreender-me tanto! Do mesmo realizador também tem o Zeder muito agradável também de ser ver.