Halil é um pintor que se apaixona por um rosto num quadro, que pertence à filha dos donos de uma mansão. Certo dia, a rapariga chega à mansão no exacto momento que Halil está a olhar para o retrato, e é o inicio de uma estranha relação.
O filme é contado em duas formas distintas. Primeiro, um realismo rigoroso na busca da identidade específica do povo turco. Ocidente ou Oriente, a eterna batalha caótica. Em segundo lugar, através desta separação de Ocidente e Oriente, o filme mostra-nos duas percepções diferentes do amor: uma cantora moderna, urbanizada (Sema Ozcan) a querer estar com um homem (Musfik Kenter), que por sua vez está apenas apaixonado pelo retrato da cantora. Por outro lado, o homem oriental a recusar o amor da cantora que está mais ligada ao Ocidente, e à perdição.
Um filme obscuro, um tesouro escondido para os amantes de cinema internacional, é considerado um dos melhores filmes da história do cinema turco, apesar de ainda permanecer desconhecido para muitos cinéfilos da nova geração. Elogiado pela sua fotografia a preto e branco, o filme segue a tradição estética de Antonioni, sendo uma mistura eclética de temas modernistas (a solidão individual), a metafísica (a luta do bem contra o mal, com o mal a ser representado pelas influências do ocidente), e as noções do marxismo, visíveis em outros filmes do realizador Metin Erksan, um dos primeiros realizadores turcos que viu o cinema como uma forma de arte, além de um meio de entretenimento das massas.
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