Em 1947, com apenas 16 anos, é consagrada como Miss Itália, e começou a interpretar depois de se tornar namorada de Eduardo Visconti, irmão de Luchino Visconti, que a levou para o cinema. Apresentada aos principais realizadores neo-realistas do seu país, estreava-se pelas mãos de Michelangelo Antonioni, em "Cronaca di un Amore", que por sinal também era a primeira longa metragem de ficção do realizador, tornando-se depois uma das actrizes preferidas de realizadores como Giuseppe Santis ou Luis Bunuel.
Em 1956 ela faz uma pausa do cinema, depois de se casar com o lendário toureiro espanhol Luis Miguel Dominguin, que tinha terminado uma relação com Ava Gardner, apresentado-a a personalidades como Pablo Picasso ou Ernest Hemingway. Entre os dois aconteceu uma paixão bastante caótica. Ela falava italiano, ele falava espanhol, não se entendiam, provocando bastantes brigas.
Apesar da infidelidade do seu marido, Lucia consegue cuidar dos seus filhos, e regressa ao cinema para pequenas participações em filmes como "Satyricon", de Fellini. Ao mesmo tempo relançava a sua carreira, participando, sobretudo, em obras mais obscuras, numa carreira que aos solavancos, foi mantendo até aos dias de hoje.
Para mim, ela ficou eternamente conhecida como a actriz de "Morte de un Ciclista", um dos meus filmes preferidos. Nas próximas duas semanas vamos fazer uma breve passagem pela sua carreira, e conhecer alguns dos seus filmes mais importantes:
- "Cronaca Di un Amore" (1950), de Michelangelo Antonioni
- "La Signora Senza Camelie" (1953), de Michelangelo Antonioni
- "Gli Sbandati" (1955), de Francesco Maselli
- "Muerte de un Ciclista" (1955), de Juan António Bardem
- "Cela S'appelle L'aurore" (1956), de Luis Buñuel
- "Nocturno 19" (1968), de Pere Portabella
- "Sotto il Segno Dello Scorpione" (1969), de Paolo e Vittorio Taviani
- "Arcana" (1972), de Giulio Questi
- "Nathalie Granger" (1972), de Marguerite Duras
- "Cronaca di una Morte Annunciata"(1987), de Francesco Rossi
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