quinta-feira, 7 de maio de 2015
Por Favor, Não Me Morda o Pescoço (The Fearless Vampire Killers) 1967
Um idoso investigador de morcegos, o professor Abronsius, e o seu assistente, Alfred, vão a uma isolada aldeia na Transilvânia à procura de vampiros. Alfred apaixona-se pela jovem filha do dono da estalagem, Sarah (Sharon Tate). No entanto, ela está debaixo de olho do misterioso conde Von Krolock, que vive num castelo assustador fora da aldeia...
"Na árvore genealógica dos filmes de vampiros, "Por Favor, Não Me Morda o Pescoço" é um marco de subtileza e humor — Roman Polanski revisitava a tradição de Drácula e propunha uma parábola sobre a pureza e o mal.
Desde a produção independente ("Só os Amantes Sobrevivem") até aos grandes estúdios ("Drácula: a História Desconhecida"), é um facto que o tema dos vampiros voltou a estar na moda, com resultados necessariamente diversos. Vale a pena lembrar, por isso, que a reconversão da tradição cinematográfica de Drácula e afins teve um momento exemplar na comédia de Roman Polanski, "Por Favor, Não Me Morda o Pescoço".
É verdade: trata-se de uma sofisticada comédia, centrada na aventura do Prof. Abronsius (Jack MacGowran), acompnhado pelo seu fiel e não muito destemido criado Alfred (interpretado pelo próprio Polanski). Ao chegarem ao domínio do Conde von Krolock (Ferdy Mayne), na Transilvânia, eles vão confrontar-se com um universo em que a pureza do sangue não é coisa fácil de preservar...
Foi a primeira e brilhante incursão de Polanski na produção de Hollywood, depois de dois títulos rodados em terras britânicas: "Repulsa" (1965) e "O Beco" (1966). A deliciosa parábola sobre o ideal de pureza e o confronto com o mal ficou também associada à memória trágica de sua mulher, Sharon Tate, presença de destaque no elenco, que viria a ser assassinada cerca de dois anos mais tarde. Para a história cinéfila, "Por Favor, Não Me Morda o Pescoço" persiste como um exemplo modelar de um cinema capaz de brincar com o seu próprio património mitológico." João Lopes
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