sexta-feira, 17 de novembro de 2017

The Undead (The Undead) 1957

Um hipnotizador (Val Dufour) de ética questionável envia uma jovem prostituta (Pamela Duncan) para trás no tempo, onde ela reencarna numa mulher que foi erradamente condenada a morrer como uma bruxa, mas logo descobre que pode estar a alterar o rumo da história, e como consequência, a sua própria existência.
Um filme com um orçamento ultra-reduzido, supostamente filmado em menos de uma semana, e que goza de uma reputação muito duvidável, completamente imerecida, em parte por ter sido incluído na famosa série "Mystery Science Theatre 3000", destinada a filmes muito maus. Mas, na verdade, é um óptimo exemplo do que se pode fazer com argumentos muito reduzidos, principalmente quando se tem uma equipa de produção muito boa, e um argumento ambicioso e imaginativo, como este de Charles B. Griffith e Mark Hanna.
Parte do divertimento de "The Undead" é a sua imprevisilidade. O filme anda para trás e para a frente no tempo, entre a idade média e a sessão de hipnose, com vários eventos a acontecerem ao longo do caminho que poderão mudar o rumo da história. Quando as coisas começam a ficar fora de mão, a vida de Diana pode estar em risco. O argumento pode parecer um pouco confuso, mas a história flui de uma forma bastante suave. 
O orçamento de 75 mil dólares não dava para muito, por isso grande parte dos cenários foram construídos dentro de um supermercado fechado. Foi usada uma máquina de fazer nevoeiro, e nunca são vistas mais de uma dúzia de pessoas no ecrã ao mesmo tempo, o que não dava grandes hipóteses para fazer recriar um ambiente medieval. Também foram reutilizados os morcegos que já tínhamos visto em "It Conquered the World" (1956). Gostar deste filme convém perceber estes pequenos pormenores orçamentais, que acabam por valorizar mais o resultado final. 

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