Laura não sabe o que fazer com a sua solidão. Envolve-se em múltiplos jogos de sedução, incapaz de voltar para casa sozinha, sem alguém com quem trocar afectos. Troca confidências com a irmã, Sara, repartem jantares, confidenciam medos. Laura sente que tem de mudar, sair do caos que a sua vida tem sido, ainda mais quando os filhos a surpreendem com um estranho na cama. Procura então a mãe, como quem tenta reconciliar-se. Sara também tenta, mas não consegue e acaba por se afastar daquela casa, onde a mãe e a irmã almoçam entre o amor, a crueldade e a ternura. E o tempo muda sempre, ainda que pensemos ser capazes de o impedir.
"Com financiamento de curta-metragem, filmado em vídeo e só posteriormente passado a película, laborado com a voracidade de quem tem toda a voracidade do mundo em fazer um filme, "Antes que o Tempo Mude" é, do ponto de vista da produção, um objecto absolutamente sem paralelo no recente cinema português. Mais ainda porque aquilo que narra - a desordem afectiva de uma mulher divorciada - acontece numa oferenda sem limites da sua protagonista (Mónica Calle) que se entrega à personagem e às relações de cena (magnificas algumas das sequências com os miúdos) de uma forma comovente." Texto de Jorge Leitão Ramos.
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