1948, num posto do exército dos Estados Unidos, um major impotente, homossexual latente, é casado com uma mulher que nunca perde uma oportunidade para ridicularizar as suas falhas masculinas. Ele descola a sua hostilidade brutalizando o seu cavalo, e ela retalia humilhando-o perante uma casa cheia de convidados, repetidamente, cortando-o no rosto com o seu chicote. Ela anda a cometer adultério com um oficial, cuja esposa cortou os mamilos com tesouras de jardim depois de ter perdido o bébé. Ela procura consolo no empregado de casa, efeminado.
Opiniões críticas parecem divididas em relação a este filme invulgar de John Huston, baseado num livro de 1941 de Carson McCullers sobre a repressão sexual numa base da Carolina do Norte. Enquanto algumas pessoas o viam simplesmente como um filme gótico sulista, em que a perversidade das personagens converge para um foco de tensões irrealisticamente melodramático, outros reconhecem-no como uma perspectiva exclusivamente compassiva sobre os caprichos da repressão sexual, como vistos pelas visões colectivas de Huston e McCullers.A verdade talvez seja a meio dos dois extremos.
Subjacente a todo o filme estão as suas duas forças principais: a primeira é a sua aparência única, como especificamente previsto por John Huston, que trabalhando com o director de fotografia Aldo Tonti, tinha a cor estrategicamente dessaturada, numa tentativa de emular a perspectiva do titular da história. Embora o filme só tenha sido autorizado a circular nos cinemas por uma semana com este esquema de cores, a versão restaurada é um verdadeiro prazer visual. Em segundo lugar, a magnifica interpretação de Marlon Brando, um desempenho verdadeiramente comovente no papel de um oficial do exército tragicamente reprimido. Cada expressão de Brando revela a profundidade da confusão da sua personagem, a raiva o desejo.
Um grande elenco, que inclui Brando, Elizabeth Taylor, Brian Keith, Julie Harris, Robert Foster, e um estreante chamado Harvey Keitel, então com 18 anos.
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2 comentários:
na verdade, chico, não era o harvey keitel, mas sim o robert forster...
A atuação de Brando é, sem dúvida fenomenal, mas Liz Taylor também não fica atrás, como a perversa inocente.
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