A princesa Yukihime sobreviveu à destruição da sua família na sequência das grandes guerras civis que assolavam o Japão feudal e esconde-se nas montanhas, fazendo-se passar por uma simples camponesa. Sob a protecção do general Rokurota, a princesa - que conseguiu esconder parte do ouro que pertencia ao fabuloso tesouro da sua família - parte em busca de um território seguro e de um foraleza secreta. Dois marginais errantes, Tahei e Matashiki, juntam-se à princesa e ao general nesta incrível odisseia recheada de perigos e aventuras.
Há sempre um ligeiro choque estético ao assistir a um filme de Akira Kurosawa. As suas obras, mesmo que sejam de entretimento, como este "A Fortaleza Escondida", são tão sensualmente vivas, e hoje em dia parecem muito mais modernas do que os filmes de Hollywood daquela época. "A Fortaleza Escondida" é um épico de comédia de acção, produzido pelos Toho Studios, e mesmo por resvalar para a comédia, era um dos filmes menos esperados do realizador Kurosawa, sobretudo por ter sido feito no ano a seguir a "Trono de Sangue". Mas trata de uma maneira divertida temas que o próprio Kurosawa poderia transformar na mais cruel anatomizações da natureza humana.
"A Fortaleza Escondida" foi citado por George Lucas como base para o seu primeiro "Star Wars", principalmente na forma como a história de desenvolve, através dos olhos de dois personagens cómicos. Toda a narrativa de "Star Wars" mostra a forte influência do realizador japonês. Rokoruta (Toshiro Mifune) faz lembrar tanto Han Solo como Luke Skywalker, na sua relação protetora e obediente, de amor e ódio com a princesa. Também há o vilão preferido do público, quando Rokoruta encontra um velho amigo Hyoe Tadokoro (Susumu Fujita), que comanda as tropas para Yanama. Tadokoro é derrotado num duelo mas Rokoruta não o mata, e o villão vai aparecer mais tarde cheio de cicatrizes no rosto. Tudo isto é comum a este filme, e a "Star Wars".
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