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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Animal Farm (Animal Farm) 1954

Os animais moradores da Granja do Solar, cansados dos maus tratos diários, rebelam-se contra o dono do local, o bêbado Sr. Jones. Depois de o expulsarem, os bichos organizam-se e instauram novas regras, formando uma comunidade democrática, livre do domínio dos humanos. Os inteligentes porcos, no entanto, depressa tratam de impor as suas ideias e um novo reinado do terror começa a ganhar forma.
Filme de animação dirigido por Joy Batchelor e John Halas para o livro Animal Farm do brilhante escritor George Orwell nos conta mais sobre a nossa sociedade do que sobre nossos animais. 
O nosso convidado que escolheu o filme, escreveu o seguinte texto sobre esta obra: "A acção situa-se numa realidade distópica, longe dos antropomorfismos maniqueístas característicos de alguns filmes de animação. É a primeira adaptação da obra de George Orwell e caracteriza-se por uma visão cruel, trágica, onde a morte e o horror estão presentes. Só a consciência do poder totalitarista e da união poderá libertar os oprimidos e conduzi-los a um futuro mais esperançoso".
Filme escolhido pelo Alexandre Batista. 

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domingo, 11 de fevereiro de 2018

Nocturna - A Noite Mágica (Nocturna) 2007

Tim, um menino que vive num orfanato, enche-se de coragem para enfrentar a sua assustadora sombra que lhe mete tanto medo. Para o conseguir, vai viver uma fantástica aventura em Nocturna, um mundo paralelo que surge cada noite ao adormecermos. Aqui irá conhecer todas as criaturas da noite e com elas fará uma fabulosa viagem para tentar salvar a sua estrela mais querida: Adhara.
A beleza desta aventura animada reside na caracterização da infância. É representada como um momento em que as crianças brilhantes e sensíveis se encontram capazes de reconhecer problemas e perigos que os adultos não possam ver até que seja tarde demais. "Nocturna" é uma descrição lírica de uma batalha de uma criança contra os pressupostos dos adultos, que por vezes são perigosamente incorrectos.
Realizado a quatro mãos pelos espanhóis Adrià Garcia e Victor Maldonado, é o único trabalho desta dupla de realizadores até hoje.  Por cá foi visto unicamente numa das primeiras edições do Motelx, e no Brasil nunca foi visto, mas é uma obra de animação a descobrir por toda a família.

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domingo, 20 de março de 2016

O Sonho de um Homem Ridículo (Son Smeshnogo Cheloveka) 1992

É uma história dividida em cinco partes e contada por um narrador-protagonista, que teve uma revelação através de um sonho utópico. Ele relata as suas experiências a partir do momento em que conclui que não há mais nada para viver, e, portanto, está determinado a cometer suicídio. Um encontro casual com uma jovem o faz mudar de ideias. 
Aleksandr Petrov é um animador russo com uma carreira que já se arrasta desde 1988, mas apenas no campo das curtas-metragens de animação. Das seis curtas que realizou quatro foram nomeadas para o Óscar, tendo conquistado um com uma adaptação de "O Velho e o Mar", no ano 2000. O mundo de Petrov não engana muito, as palavras não são suficientes para descrever a sua beleza incrível, quase de sonho, de cada uma das suas curtas. 
"Son Smeshnogo Cheloveka" inspira-se no conto de Dostoiévski do mesmo nome, e não só captura a essência da história original, como também a eleva para outro nível, através da arte da animação. O nível de detalhe em cada frame é impressionante, capturando as qualidades mais simples de cada aspecto da realidade e do mundo dos sonhos. A história leva-nos por estes dois mundos, até um ponto onde a realidade e o sonho podem ser igualmente possíveis. 
Existe uma versão no YouTube legenda em português, que podem ver aqui. A versão para download tem legendas em inglês.

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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas) 1993



Uma fantasia que nos conta a história de Jack Skellington, o cabeça de abóbora, rei de Halloween Town. Jack está um bocado aborrecido com o que se tornou um trabalho redundante de coordenar os sustos de Halloween todos os anos, e ambiciona algo melhor. Uma caminhada leva-o até Christmas Town, que lhe dá uma idéia genial, ele deseja desesperadamente ser o rei deste feriado, mas este já tem um dono, o Pai Natal. Com a ajuda de alguns dos seus amigos mais macabros, o Pai Natal é raptado, e Jack toma as rédeas deste novo lugar...
Sem dúvida, que o aspecto mais forte de "The Nightmare Before Christmas" vem da sua arte, animação e do design de produção. Os visuais são impressionantes, a profundidade do detalhe é bastante rica, e os personagens são bastante realistas nos seus movimentos. O design da arquitetura e os cenários mostram que existe um coração a bater debaixo de cada frame do filme. Apesar do filme estar ligado a Tim Burton, este não o dirigiu, mas não há dúvida que toda a parte visual teve a sua influência, e a inclusão do seu colaborador musical desde há muito, Danny Elfman, mostra que eles são um encontro no céu quando se trata de virar a mesma página artística.
"The Nightmare Before Christmas" é um filme perfeito, tanto para o dia das Bruxas, como para o Natal, e as crianças provavelmente vão adorar, desde que não sejam tão jovens que se assustem com fantasmas ou cabeças cortadas, ainda que em desenhos animados. A música flui, para dentro e para fora da narrativa, de tal forma que é praticamente perfeita. Desde o início que estava destinado a ser um clássico destas quadras festivas que retrata. Já passaram 20 anos.
Foi escolhido pelo Nuno Fonseca.

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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Tale of Tales (Skazka Skazok) 1979



A memória humana não funciona de modo linear. Não nos lembramos dos eventos por ordem cronológica, nem sempre percebemos imediatamente o significado por trás do que estamos a ver. As nossas memórias são um amontoado de imagens aparentemente aleatórias, mas numa última análise, ligadas, esporadicamente, saltando entre os lugares e momentos que nos lembramos, associações são desencadeadas pelo aparecimento repetido de objectos aparentemente banais, mas estranhamente familiares. Há muito a ser aprendido a partir da exploração das profundezas insondáveis ​​da mente, e o animador russo Yuriy Norshteyn de "Tale of Tales" esforça-se para fazer isso mesmo.
Em 1984, num evento realizado em conjunto com os Jogos Olímpicos de Los Angeles, o júri das Olimpíadas da Animação tentaram escolher o maior filme de animação de todos os tempos. Apesar de uma grande quantidade de candidatos dignos, um filme foi finalmente coroado com este grande título: "Tale of Tales". Duas décadas depois, em 2002 no Festival Mundial de Zagreb de filmes de animação, o mesmo filme foi agraciado com o mesmo prestigioso título, confirmando sem qualquer dúvidas, que o tempo nada fez para diminuir a sua beleza. Obra-prima de Norshteyn é um triunfo deslumbrante da animação, som ambiente e uma banda sonora clássica. Apesar de ter sido colocado em tão alta conta por tantos especialistas na animação, acabou por ficar esquecido com o decorrer dos anos. Hoje em dia, apenas através da internet é possível ser visto.
"Tale of Tales" é constituído por um número de sequências relacionadas, as quais são intercaladas umas dentro das outras. O filme usa vários personagens recorrentes, mais notavelmente o poeta, a menina que salta à corda, o rapaz alimentando os corvos com maçãs, os dançarinos e os soldados, o bébé a mamar e, é claro, o pequeno lobo de côr cinza (dobrado por Aleksandr Kalyagin). Os significados por trás destas imagens comoventes vão um pouco para lá das palavras, e, mesmo se não tivermos absolutamente nenhum desejo em tentar decifrar o rico simbolismo, podemos simplesmente apreciar a beleza incrível. As sequências que envolvem os dançarinos são uma alegoria para o envolvimento da Rússia na Primeira Guerra Mundial. Os parceiros da dança masculinos desaparecendo, substituídos por Gream Reapers encapuzados, destacam as enormes perdas humanas que a União Soviética sofreu na Frente Oriental.  
Curiosamente, "Tale of Tales" - concluído em 1979 - é o mais recente filme dirigido por Yuriy Norshteyn. Isto, no entanto, não significa que ele não tenha vindo a trabalhar arduamente. Desde 1981, o realizador dedicou a maior parte do seu tempo na produção de "Shinel", o trabalho da sua vida, adaptado do conto de Nikolai Gogol com o mesmo nome. Ao longo de um período de produção atormentado com interrupções e dificuldades financeiras, o perfeccionismo ardente de Norshteyn já lhe rendeu o apelido de "O Caracol de Ouro". A data de lançamento deste filme é actualmente incerta, mas, se o magnífico "Tale of Tales" é a perfeição que sabemos, imaginem o que poderá ser "Shinel".

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