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segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Sling Blade - O Arremeso (Sling Blade) 1996

Um homem parcialmente deficiente chamado Karl é libertado de um hospital mental, cerca de 20 anos depois de ter assassinado a sua mãe e outra pessoa. É frequentemente questionado se vai matar de novo, mas encolhe os ombros e diz que não há razão para isso. Agora fora da instituição mental instala-se na sua velha cidade natal, trabalhando como mecânico. Conhece um rapaz chamado Frank, de quem se torna amigo, e é convidado para ficar na casa deste pela mãe, que o vê como uma pessoa estranha mas amável. Já o namorado desta vê as coisas de outra forma... 
O filme que fez de Billy Bob Thornton uma estrela, e um veículo improvável para ser um dos melhores filmes do ano. "Sling Blade" também recebeu o Óscar de Melhor Argumento para Thorton, que além de interpretar o papel principal também realizava. Não é um filme sobre o bem e o mal, com um protagonista ou antogonista claro, mas antes um filme sobre o certo e o errado. É uma distinção complicada, mas isso torna a história ainda mais atraente. "Sling Blade" era uma extensão de uma curta metragem a preto e branco que Thornton escreveu e interpretou em 1994, chamada "Some Folks Call it a Sling Blade". Ao expandir o filme para fora dos quatro muros da prisão estadual, Thornton é capaz de expandir plenamente o seu sentido de tempo e lugar, e dá-lhe uma atenção ao detalhe normalmente reservada para obras literárias, que permitem aos seus personagens crescerem e se desenvolverem. O facto de que Thornton teve vários anos para trabalhar o personagem de Karl é bastante evidente, e nota-se na forma como ele habita o papel, desde a sua postura até à forma de caminhar. 
No seu coração, "Sling Blade" é um conto de Southern Gothic, de amor e redenção. Tem o tipo de personagem que William Faulkner teria ficado orgulhoso de escrever sobre, e cria e sustenta um clima sugestivo que carrega traços do grotesco mas que permanece resolutamente humano. Para um realizador estreante em longas metragens Thornton é extremamente tranquilo, mesmo quando cede ao sentimentalismo perto do final.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Confronto em Los Angeles (One False Move) 1992

Dois homens e uma mulher saem de Los Angeles com um carregamento de droga, deixando pelo caminho uma trilha de corpos. Prevendo que o trio chegará a Star City, no Arkansas, uma dupla de policiais contacta o xerife local e esperam os bandidos para o confronto inevitável.
Estreado poucos dias depois dos distúrbios em Los Angeles de 1992, "One False Move" oferece uma reflexão particularmente consciente da divisão e segregação regional fortemente evidente nos Estados Unidos da América. Vemos a violência como denominador comum entre os estados azuis e vermelhos, um facto casual da vida que não pode ser parado, não importam as etnias ou origens. Os personagens envolvidos entram num espiral de violência e de desconfiança devido a uma falha de carácter ou um erro do passado.
Feito com um orçamento minúsculo por Carl Franklin, um antigo actor de televisão que dava os primeiros passos no cinema, "One False Move" era um "neo-noir" que tinha alguns trunfos, como um óptimo argumento de Billy Bob Thornton (que viria a ser um nome de peso no cinema independente americano dos anos 90) e Tom Epperson. Na frente das câmaras também contava com um óptimo trabalho, de Bill Paxton (de "Aliens" e "Neard Dark") e dos novatos Cynda Williams, Michael Beach e o próprio Thornton.  Uma pérola dos anos 90.

 


domingo, 4 de junho de 2017

The Winner (The Winner) 1996

"The Winner" conta-nos a história de um homem comum, chamado Philip (Vincent D’Onofrio) que de repente tem uma mudança de sorte. Antes de tentar suicidar-se, num Domingo, vai até um casino de segunda categoria para derreter o que resta do seu dinheiro, só que desta vez ganha de cada vez que joga, e continua a ganhar (desde que seja aos Domingos). Esta onda vencedora atrai varias pessoas desonestas que pretendem tirar proveito da sorte de Philip, incluindo um trio de vigaristas com pouca habilidade para roubar, um irmão sociopata procurado pela lei,  e uma cantora de bares chamada Louise (Rebecca De Mornay), que também já apanhou o coração de Philip. Ela trabalha para o dono do Casino, a quem deve dinheiro.
Em 1995 Alex Cox estava em Cannes, a ajudar a promover "La Reina de la Noche" (1994), de Arturo Ripstein, filme no qual tinha participado como actor. Tinha aceite o papel para conseguir dinheiro para completar a versão cinematográfica de "Death and the Compass", e em Cannes foi abordado por produtores que queriam fazer uma versão cinematográfica de "A Darker Purpose", uma obra escrita por Wendy Riss. Cox leu o argumento e assinou, na esperança que o dinheiro chegasse para completar "Death and the Compass".
As coisas não correram bem entre Cox e os produtores, com o realizador a querer tirar o nome dos créditos do filme, embora o seu nome tivesse permanecido. A versão final que Cox tinha terminado foi rejeitada pelos produtores, que acabaram por lançar uma versão muito diferente. Ele tinha preparado uma banda sonora que dava ênfase ao lado mais irónico do filme, mas a banda sonora que foi incluída era muito diferente da pretendida pelo realizador. 
 Mesmo assim o filme vale a pena, por várias razões: a fotografia, com alguns takes longos que já eram habituais na filmografia do realizador, e o magnífico elenco: Vincent D’Onofrio, Rebecca De Mornay, Delroy Lindo, Michael Madsen, Billy Bob Thornton, Frank Whaley, entre outros.
Filme sem legendas. 

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Imdb

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Sling Blade - O Arremeso (Sling Blade) 1996

Um homem parcialmente deficiente chamado Karl é libertado de um hospital mental, cerca de 20 anos depois de ter assassinado a sua mãe e outra pessoa. É frequentemente questionado se vai matar de novo, mas encolhe os ombros e diz que não há razão para isso. Agora fora da instituição mental instala-se na sua velha cidade natal, trabalhando como mecânico. Conhece um rapaz chamado Frank, de quem se torna amigo, e é convidado para ficar na casa deste pela mãe, que o vê como uma pessoa estranha mas amável. Já o namorado desta vê as coisas de outra forma...
O filme que fez de Billy Bob Thornton uma estrela, e um veículo improvável para ser um dos melhores filmes do ano. "Sling Blade" também recebeu o Óscar de Melhor Argumento para Thorton, que além de interpretar o papel principal também realizava. Não é um filme sobre o bem e o mal, com um protagonista ou antogonista claro, mas antes um filme sobre o certo e o errado. É uma distinção complicada, mas isso torna a história ainda mais atraente.
"Sling Blade" era uma extensão de uma curta metragem a preto e branco que Thornton escreveu e interpretou em 1994, chamada "Some Folks Call it a Sling Blade". Ao expandir o filme para fora dos quatro muros da prisão estadual, Thornton é capaz de expandir plenamente o seu sentido de tempo e lugar, e dá-lhe uma atenção ao detalhe normalmente reservada para obras literárias, que permitem aos seus personagens crescerem e se desenvolverem. O facto de que Thornton teve vários anos para trabalhar o personagem de Karl é bastante evidente, e nota-se na forma como ele habita o papel, desde a sua postura até à forma de caminhar.
No seu coração, "Sling Blade" é um conto de Southern Gothic, de amor e redenção. Tem o tipo de personagem que William Faulkner teria ficado orgulhoso de escrever sobre, e cria e sustenta um clima sugestivo que carrega traços do grotesco mas que permanece resolutamente humano. Para um realizador estreante em longas metragens Thornton é extremamente tranquilo, mesmo quando cede ao sentimentalismo perto do final.

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